“Phantom Story”
MUSEU DA MARIONETA
13 e 14 de Maio às 21h30 (Terça e Quarta)
Estreia Nacional
Ideia, vídeo, desenhos, performer: Nicola Unger Olhar exterior: Duro Toomato Som e voz: Jonathan F. Brown Co-produção: Plateaux Festival Mousonturm Frankfurt, Productiehuis Rotterdam (Rotterdamse Schouwburg), Zeebelt den Haag Apoios: Goethe Institut the Niederlands Técnica: Projecções, sombras e figuras de papel Público-alvo: +16 Duração: Aprox. 50m Idioma: Inglês Lotação limitada
“Ninguém escolhe ser revolucionário, é a revolução que te escolhe.”
- Ilich Ramirez Sánchez - Carlos, o Chacal
Um espectáculo sobre o terror e o destino, inspirado num acontecimento real e reconstituído num palco em miniatura com recortes de papel, projecções e sombras.
A história de uma mulher que quase se cruzou com o famoso terrorista Carlos, o Chacal, nos anos 70, e que foi erroneamente considerada terrorista por vários anos. Ela foi a uma festa em Paris, juntamente com o seu namorado, sem saber que o Chacal acabara de matar três polícias no mesmo evento. Foi presa, interrogada durante uma semana e extraditada de França. Mesmo 20 anos mais tarde, já depois de a sua inocência ser provada, os Estados Unidos recusaram a sua entrada. A ironia é que ela nunca conheceu, nem viu Carlos, o Chacal.
Na sua percepção, este incidente que a colocou sob suspeita, mudou-lhe drasticamente a sua vida, ou pelo menos fechou-lhe uma série de opções. Estava no sítio errado na altura errada. A vida tratou-a como uma marioneta, as coincidências colocaram-na num jogo de xadrez... Numa mesa, Nicola Unger reconstrói a noite da tragédia. Manipula as silhuetas recortadas em papel que ganham vida na sombra, misturadas com filmes de animação, em que utiliza a técnica de Lotte Reiniger, criando um jogo misterioso entre a sombra e a realidade, entre a história negra do passado e do risco sempre presente, pois o que pode acontecer por acaso pode ferir-nos... Phantom Story é uma história imortal.
“Quando eu ouvi pela primeira vez esta história, não sabia quem era Carlos. Era muito jovem para me poder lembrar. Quanto mais lia sobre ele, o tempo e o contexto, sentia cada vez mais que estamos presos na década de 70. Repetindo a nossa história de terror global. Há vítimas e agressores, cordeiros e lobos. A revolução não escolhe só os seus revolucionários, mas também as vítimas. Carlos é Bin Laden. Eu poderia ter sido aquela mulher, o homem que passou o seu cartão de telefone a um terrorista ou até o brasileiro que foi alvejado no metro. O mundo suspeita de pessoas inocentes, com o objectivo de as proteger contra terroristas. É-se culpado até prova em contrário. E o mundo precisa de um homem perigoso no noticiário. Carlos é Bin Laden. Eu poderia ter sido aquela mulher. Estamos apenas a repetir certos papéis.”
- Nicola Unger
Prémios: Winner Sonderpreis Hessische Theatertage 2009 e Audience Prize International Animation & Puppetry Warsaw 2012.
“(…) No final olhei para os espectadores à minha volta: todos tinham um sorriso de orelha a orelha fixado no rosto. Esta miniatura está cheia de sensibilidade, de filigrana, de génio de poesia. A satisfação também vem da proximidade do pequeno formato, da magia do teatro de sombras, do domínio dos recursos narrativos, da presença traquila de Nicola (…).”
- Quim Pujol, Teatron
“Querem algo especial? Venham descobrir um mundo onde as sombras se misturam com a realidade (...). O tempo voou! Pareceu-me magia (...). O que foi isto que eu vi? Eu quero, mas não posso descrevê-lo. Eu apenas soube: é isto! Arte. VÃO VER!”
- Theaterblog Hessische Theatertage
BIO
Nicola Unger divide o seu tempo entre a Alemanha e a Holanda. Estudou no Institute for Applied Theatre Studies, em Giessen, e na Art School DasArts, em Amsterdão. Na fronteira entre a arte teatral e as artes visuais, os seus espectáculos misturam performance, instalação,vídeo, ilustração e ilusões de óptica. Artista autodidacta, publicou recentemente as suas próprias bandas desenhadas.
Trabalha regularmente em cinema de animação e realiza diversas instalações para vários projectos e galerias.
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