No Teatro São Luiz decorrerá a abertura do Festival com um espectáculo deslumbrante da companhia finlandesa WHS, que cria em palco um universo em que o circo, a magia, a dança, o guarda-roupa, o teatro de objectos e as artes visuais se misturam para prestarem tributo ao cinema a preto e branco, aos filmes de Michelangelo Antonioni e aos mestres de magia do século XIX. Os efeitos especiais são absolutamente incríveis, com projecções gigantes e transformações em palco que nos vão fazer duvidar do que vemos... a própria roupa parece ter vida própria e espelha o estado de espírito das personagens! As imagens parecem por vezes evocar o pintor romântico Caspar David Friedrich... e sentimos que estamos perdidos num sonho surrealista, onde nada parece ser o que é, até mesmo passar a ferro uma camisa... Imperdível!
Luís Hipólito apresenta uma pequena forma de teatro de objectos inspirada em Carmen Miranda, onde os carismáticos objectos dos exuberantes turbantes usados pela artista vão ganhar vida de uma forma insuspeita: o que acontece quando as luzes da ribalta se apagam?
O Teatro de Ferro leva-nos numa viagem ao espaço, num espectáculo para ver em família, onde poderemos acompanhar as aventuras de Carla Cosmonauta, com um curioso dispositivo cénico que contém o espaço da cena e o espaço do público, ou seja, a plateia está no palco e o palco, por vezes, na plateia! Uma nave espacial do passado disfarçada de futuro e com ares de objecto voador não identificado, mas só à primeira vista, porque também faz lembrar um carrossel, um half-pipe ou um teatro grego antigo...
Realçamos ainda a estreia do documentário “An Attic Full of Puppets”, do premiado realizador Richard Butchins, que também estará presente. Um filme comovente sobre Frank Mumford, um dos maiores mestres do teatro de marionetas, actualmente com 95 anos, que actuou para as cabeças coroadas da Europa e que chegou a actuar em Lisboa para 600 pessoas... com entrevistas, fotografias e filmes de época, é traçado um retrato comovente sobre o seu passado, presente e futuro!
No Teatro Maria Matos, um dos grandes destaques do festival, a reputada companhia alemã Puppentheater Halle apresenta “Buddenbrooks”, de Thomas Mann, interpretado pelas suas marionetas hiper-realistas, numa manipulação de extrema precisão, com a reprodução de gestos perturbadoramente humanos, que nos são a ilusão de estarem “vivas” e... os Puppentheater Halle celebram este ano o seu 60º aniversário!
O TJP - Centre Dramatique National d’Alsace Strasbourg apresenta a nova criação do seu director, Renaud Herbin, com marionetas de fios construídas pelo português Paulo Duarte, inspirada num dos mitos das Metamorfoses de Ovídio. Um espectáculo fascinante no cruzamento da marioneta, da dança e de uma reflexão sobre as imagens e a matéria.
No Museu da Marioneta a companhia Plexus Polaire revela um imaginário entre o fantástico e o humor, deliciosamente noir e terrivelmente arrepiante, com números perigosos e criaturas monstruosas, que provoca gritos, lágrimas e gargalhadas até ao final. Um espectáculo criado por Yngvild Aspeli, membro da Compagnie Philippe Genty, e com Polina Borisova, que maravilhou os espectadores da última edição do FIMFA, com o seu espectáculo Go!
Nicola Unger traz-nos um trabalho sobre o terrorismo e o destino, recorrendo a sombras, recortes de papel e projecções, num espectáculo fora do comum inspirado numa história verdadeira e no terrível Chacal, a não perder!
O Teatro de Marionetas do Porto apresenta o seu último espectáculo, criado a partir das ilustrações Pelos Cabelos, de João Vaz de Carvalho, onde o humor e o absurdo se fundem para mais uma experiência com muitas marionetas.
O Teatro de Ferro estreia OLO no FIMFA, após a apresentação ainda em work in progress na edição anterior. Um novo solo em que a própria condição do criador intérprete é posta em causa.
No Teatro Nacional D. Maria II poderemos fazer uma viagem por Savanna, uma paisagem fantástica, um Jardim do Éden africano habitado por belos animais que são autómatos: elefantes, cobras, tartarugas, pássaros, caracóis, mariposas e lagartas... O bestiário mecânico construído por Amit Drori parece ter saído directamente da imaginação de Leonardo Da Vinci. Um espectáculo povoado por requintados animais robóticos e esculturas com movimento!
No Centro Cultural de Belém um espectáculo para os mais pequenos de Etienne Lamaison e Sylvain Peker, inspirado em Miró, com música ao vivo.
No Teatro Meridional um curioso espectáculo para ver em família de Miguel Fragata e Inês Barahona, sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espectáculo que reflecte sobre o fim, que é um mistério para todos nós, crianças ou adultos.
No Teatro Taborda a companhia A Tarumba apresenta o seu espectáculo “Mironescópio: A Máquina do Amor”, numa nova temporada. Um trabalho experimental sobre o erotismo, com a utilização de objectos, sombras e figuras articuladas, que em breve viajará por alguns dos festivais mais importantes da Europa de Leste...
E nas Ruas de Lisboa adivinhem quem está de volta! Big Rory, um gigante escocês com quase três metros de altura, tocador de gaita-de-foles, e o seu muito amado cão, Ochie, um rafeiro caprichoso, muito maroto...! Um espectáculo deambulatório onde (de certeza absoluta!) todos irão rir às gargalhadas!
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