Miguel Fragata e Inês Barahona [Portugal]

“A Caminhada dos Elefantes”

TEATRO MERIDIONAL
24 de Maio às 17h (Sábado) | 25 de Maio às 16h (Domingo)

Concepção, dramaturgia e encenação: Miguel Fragata e Inês Barahona Interpretação: Miguel Fragata Cenografia e figurinos: Maria João Castelo Música: Fernando Mota Luz: José Álvaro Correia Produção: Meninos Exemplares Técnica e operação de luz: Pedro Machado Apoio à dramaturgia na vertente da Psicologia Infantil: Madalena Paiva Gomes Consultoria artística: Giacomo Scalisi, Catarina Requeijo e Isabel Minhós Martins Fotografia de cena: Susana Paiva Vídeo de cena: Maria Remédio Financiado por: Governo de Portugal - Secretário de Estado da Cultura - DGArtes Co-produção: Artemrede, Centro Cultural de Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Viriato Técnica: Objectos Público-alvo: +7 Duração: 50 min. Idioma: Português

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Este espectáculo conta a história de um homem e de uma manada de elefantes. Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa até à sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles.

A Caminhada dos Elefantes é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espectáculo que reflecte sobre o fim, que é um mistério para todos nós, crianças ou adultos.

“Quisemos criar um espectáculo sobre a morte para crianças e famílias. Não porque tenhamos uma qualquer obsessão mórbida pelo tema, mas antes porque sentimos que era um assunto sobre o qual ninguém queria falar, muito menos com as crianças. A morte é talvez o último grande tabu dos nossos tempos. A ignorância perante a morte é universal. É uma questão que nos deixa a nós, adultos, muito desconfortáveis e inseguros. E essa insegurança é pressentida à distância pelas crianças. Elas também têm questões. Mas têm poucos ou nenhuns interlocutores para conversar sobre o assunto e normalmente compreendem que é um tema proibido (...).
O resultado a que chegámos é um espectáculo que, seguindo uma história verídica - a história do conservacionista sul-africano Lawrence Anthony e da sua relação de amizade com uma manada de elefantes -, abre de vez em quando espaço para reflectir sobre as grandes questões em torno da morte: para onde se vai, o que acontece, que rituais fazem os vivos, que crenças acerca da vida depois da morte, ou porque é que a morte existe. Estas reflexões são feitas com recurso a imagens e a objectos que pertencem ao imaginário das crianças e que são manipulados por vezes com humor, mas sempre com a naturalidade que é própria do tema. Porque afinal, como as crianças nos disseram muitas vezes, a morte faz parte da vida, mesmo que não se fale sobre isso.”
- Miguel Fragata e Inês Barahona

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BIO

Miguel Fragata nasceu no Porto, em 1983. Estudou no Colégio Alemão do Porto. Completou o Bacharelato em Teatro (opção Interpretação) na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, em 2005, e licenciou-se em Teatro (ramo Actores e Encenadores) na Escola Superior de Teatro e Cinema, em 2007. Criou e interpretou os espectáculos “Casa Macário”, ”Conserveira de Lisboa”, ”Hospital de Bonecas” e “Franco Gravador”, integrados no projecto “Teatro das Compras” (edições I, II, III, IV e V), no âmbito das Festas de Lisboa, com direcção geral de Giacomo Scalisi. Em 2013, fez assistência à direcção artística do projecto. Fez assistência de encenação a Bruno Bravo, Diogo Dória, Claudio Hochmann e Madalena Victorino. Trabalha regularmente como actor nos espectáculos da companhia de teatro Mala Voadora, sob a direção de Jorge Andrade.
Desenvolveu também trabalho regular como intérprete e co-criador nos espectáculos de teatro e dança de Madalena Victorino. Trabalhou como intérprete em espectáculos de Cristina Carvalhal, Catarina Requeijo, Rafaela Santos, Pompeu José, José Rui Martins, José Carretas, Gabriel Villela, entre outros. Em cinema trabalhou com Pedro Palma e Maria Pinto. Interpretou e co-criou vários espectáculos para a infância dos quais destaca: “Sous laTable” de Agnès Desfosses pela Compagnie Acta (Paris), “A Estrada Esfomeada” de Vera Alvelos, ”Amarelo” de Catarina Requeijo, “Onde Bate o Coração da Terra?” e “Ovelhas Clandestinas” de Madalena Victorino e “A Verdadeira História do Teatro” de Inês Barahona.
Desenvolve regularmente projectos de relação entre as artes e a educação, nomeadamente através da criação de oficinas artísticas, visitas encenadas e encenação de histórias e pequenos espectáculos para crianças para a Artemrede, Casa das Histórias - Museu Paula Rego, Centro Cultural de Belém, Festival Todos - Caminhada de Culturas, Fundação Calouste Gulbenkian, Padrão dos Descobrimentos - EGEAC, Rede TEIAS, Teatro Maria Matos e Teatro Viriato. Colabora também regularmente com a editora Orfeu Negro, através da realização de leituras encenadas.

Inês Barahona nasceu em Lisboa, em 1977. É licenciada em Filosofia e Mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Sob a direção de Madalena Victorino, ingressou no Centro de Pedagogia e Animação, do Centro Cultural de Belém, onde, entre 2005 e 2008, desenvolveu projetos de relação entre as artes e a educação vocacionados para diferentes tipos de público: escolar, familiar e especializado na área da educação. Desenvolveu, em 2008, com Madalena Victorino e Rita Batista, para a Direcção Geral das Artes, Programa Território Artes, "O Livro Escuro e Claro", cuja distribuição no terreno tem acompanhado, na componente de formação de equipas e de professores.
Colaborou em 2008 na concepção da exposição "Uma Carta Coreográfica" da autoria de Giacomo Scalisi, nas vertentes Produção e Relação com a Comunidade, para a inauguração do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), entre Outubro e Dezembro de 2008. Tem trabalhado em diversas áreas criativas, nomeadamente na escrita e na dramaturgia, com Madalena Victorino ("Caruma" e "Vale"), Giacomo Scalisi ("Teatro das Compras"), Teatro Regional da Serra de Montemuro ("Sem Sentido") e com Catarina Requeijo (assistência de encenação ao espectáculo "Amarelo", dramaturgia de "A Grande Corrida"). Encenou, em Abril de 2012, o espectáculo "A Verdadeira História do Teatro", para a programação do Projecto Educativo do Teatro Maria Matos em Lisboa. Encenou, em Fevereiro de 2013, o espectáculo “A Verdadeira História da Ciência”, para a programação da exposição “3600 Ciência Descoberta”, na Fundação Calouste Gulbenkian. Tem contribuído com o desenho de oficinas para a programação da Artemrede - Teatros Associados e Teatro Maria Matos. Tem realizado cursos na área da escrita criativa, no Sou - Movimento e Arte, na Learn2Grow e na Fundação Calouste Gulbenkian ("Pequeno Grande C").

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